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Conceito[]

O Fuzil G11 feito pela HK foi concebido em 1970, com os critérios para a substituição do rifle G3 sendo decididos pelo Exército alemão.

A H&K decidiu seguir as seguintes especificações:

Teria de ser menor que 750 mm.

O peso total da arma, incluindo 100 cartuchos teria de ser menos que 4.5 kg.

Numero de cartuchos no carregador teria de ser no min. 50.

Funcionamento sem problemas em condições adversas.

Alta probabilidade de acerto em modo rajada.

Distância efetiva sem ajuste da mira deveria ser no mínimo 300m.

A maior preocupação na hora de fazer o design da arma era o aumento na probabilidade de acerto sob condições realistas de batalha, incluindo estresse de combate. Um estudo conduzido pelo Battelle Institute em Frankfurt, chegou a 2 possiveis soluções.

A solução "Escopeta"[]

A arma dispararia varios projéteis simultaneamente. Os problemas seriam o sacrificio na capacidade de munição, alcance e penetração limitados e um forte recuo.

A solução "Rajada"[]

A arma dispararia vários projéteis simultaneamente em uma sequencia rápida e trajeto definido com uma cadência de no mínimo 2000 TPM (Tiros Por Minuto). O modo rajada foi escolhido como a caracteristica central da G11.

Historia[]

O projeto da G11 se iniciou com a cooperação de 3 empresas. Heckler & Koch, fabricando a arma, Dynamite Nobel, fabricando a munição e depois Hensoldt/Wetzlar fabricando as miras. Essas empresas formaram o grupo conhecido como GHGS ou Gesellschaft für Hülsenlose Gewehrsysteme (Corporação para Sistemas de Rifle sem Estojo)

Com a fabricação dos protótipos por parte da H&K, a decisão da rajada como melhor modo de melhorara probabilidade de acerto do atirador necessitava de uma cadencia de tiro extremamente alta, para que todos os projéteis fossem disparados antes do recuo afetar o atirador. Atingir essa cadencia seria somente possivel com o uso de munição sem estojo. Esse tipo de munição removeria a extração e ejeção da sequência de disparo, permitindo o mecânismo a operar com mais velôcidade.

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Protótipos

A G11 passou por cerca de 14 protótipos antes da criação do modelo de produção K2.

Dynamite Nobel também fez varias munições protótipo, até a munição final 4.7x33mm HITP (High Ignition Temperature Propelant [Propelente de ignição de alta temperatura]) que resolvia o problema de sobre aquecimento, que fazia com que a arma disparasse descontroladamente até ficar sem munição.

O cartucho era orientado para baixo no carregador em cima da arma, sendo carregado na câmara a 90º, e então era orientado com o cano da arma. O fuzil disparava uma rajada de 3 tiros a 2.100 TPM.

A G11 foi uma das primeiras armas modernas de infântaria em que o cano e o mecânismo de disparo recuavam dentro da coronha para diminuir o recuo, similar aos usados hoje em dia nos rifles anti-materiais Barrett.

A G11 só tem sua alta cadência de 2,100 TPM no modo rajada, com o disparo automático sendo cerca de 460 TPM. Em modo rajada, ela é capaz de disparar os 3 projeteis em 60 milisegundos, comparados com os 130 milisegundos entre o primeiro e segundo disparo no modo automático. Isso significa que antes que o recuo afete a trajetoria dos projeteis eles já estariam em direção ao alvo, resultando em uma alta probabilidade de acerto, mesmo a longas distáncias. Algo que é impossivel para qualquer outra arma automática convencional devido a física envolvida.

Um dos fatores mais cativantes da G11, tanto para os comandantes, quanto para os soldados, era a sua munição leve. Um carregador STANAG 5.56x45 com 30 cartuchos pesa cerca de 425g. Enquanto um carregador 4.7x33 com 45 cartuchos pesa cerca de 150g, permitindo que o soldado carregue mais munição com o mesmo peso. Um soldado americano padrão, equipado com um M16 carrega cerca de 7 carregadores STANAG, para um peso de 7,35

kg e 210 cartuchos. Um soldado armado com uma G11 poderia carregar 2 carregadores na arma e 28 unidades de recarregamento, cerca de 510 cartuchos, para um peso de 7,35kg. Isso era ainda mais chamativo na época, onde várias nações na OTAN utilizavam o cartucho 7.62x51 em carregadores de 20 cartuchos, que pesam cerca de 700g.

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G11 fazendo um Slav Squat

O primeiro modelo de produção, o G11K1, foi completado em Março de 1987. Testes em Campo e a Avaliação com as Tropas começou um Junho e terminou em Janeiro de 1989, com a Bundeswehr em Bundeswehr Hammelburg, onde teve um Ph (Probabilidade de acerto) 100% superior ao G3. Em março de 1989 o primeiro Manual de Operação da G11K1 foi feito para o programa ACR (Advanced Combat Rifle [Rifle de Combate Avançado]). Nesse ponto já se tinha começado o desenvolvimento da G11K2.

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Protótipos do programa ACR

O programa ACR do exército americano exigia uma melhoria de 100% em relação ao M16. Embora nenhuma arma no projeto tenha atingido os parametros desejados, a G11 deixou sua marca, sendo considerada supreendentemente ergonômica e confortavel, apesar de sua aparencia estranha.

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G11K2

Em 1990 a G11K2 foi adotada como rifle padrão da Bundeswehr, as forças alemãs. Os numeros da adoção seriam guiados por uma substituição planejada dos rifles G3, até o ano de 2002. Apenas o contrado com a Bundeswehr era de 2.7bi Marcos Alemães.

Em novembro de 1990 o "Tratado das Forças Armadas Convencionais na Europa", que limitava o numero de equipamento militar convêncional na Europa e tinha como outro ponto a destruição de material em excesso. Em 1 de Abril de 1990 o Pacto de Varsóvia se desmanchou, deixando a Alemanha com centenas de milhares de fuzis AKs em excesso. O governo alemão permitiu a H&K exportar o fuzil, porem em 1993 a situação ficou clara, e a G11 não poderia ser aceita em serviço pela maioria dos países, devido a adoção do 5.56mm como calibre padrão da OTAN e a impossibilidade de adaptar ela para tal calibre.

Porem a influencia da G11 ainda é percebida ainda hoje. O uso licenciado da munição pelo exército americano na produção da munição sem estojo na Metralhadora Leve LSAT. O uso pioneiro de miras optícas integradas e uso de polímero na produção da arma. Também se teve 2 protótipos, uma metralhadora leve, a LMG11, com uma capacidade de 300 cartuchos, e uma cadencia automática de 650 TPM, e uma arma de defesa pessoal, a G11 PDW, capaz de disparo semi e automático, com carregadores de 20 e 40 cartuchos e viria a ser a base para a MP7 futuramente.

Cerca de 265 modelos foram fabricados, com alguns entregues a Bundswehr antes do cancelamento da adoção.

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G11 APG Legendado

Demonstração da G11K2 no Aberdeen Proving Ground nos EUA

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